E começava a acreditar, que tudo ainda não tinha sido suficiente; Era preciso mergulhar mais fundo, provar outros sabores, falar outras línguas e criar outras expectativas.
O mundo ainda não tinha acabado e não acabaria tão cedo a não ser que quisesse morrer ali.
Começava a ver que a morte só entra quando se convida. Ela não a convidaria. Não pediria por isso só por um de muitos que a deixava... Deixar... Nem sabia se essa era mesmo a palavra. Na verdade a palavra poderia ter sido uma de tantas outras como "Ele tinha de ir", "Ele não suportava", "Ele teria outra" ou ainda mais doloroso: "Acabou-se".
Outra coisa estava por vir... Alguma coisa, outra coisa. Aquilo novo que poderia impulsioná-la a seguir com mais fé, alegria. Coisa essa que poderia ser a segurança que fora perdida. O medo poderia estar deixando-a, mas chegava de pensar -Seguir!, ela repetia para si. Assim, sem mais pestanejar ela descobria o que estava chegando; o amor, um que ela a muito tempo esquecera e que voltara agora pra lembrá-la que certas coisas podem ficar para trás mas sempre pode ser recuperada, o amor próprio.
Cindy Lobo
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